sexta-feira, 12 de junho de 2009

o arco que o sol fez

de noite cantam os grilos, uivam os lobos, dormem as galinhas, cresce o dia lentamente nos meus olhos, os pêlos do meu corpo eriçam-se no momento em que uma fugaz brisa percorre todo o espaço, todos os corpos a convidam a não parar, ela contorna todos os obstáculos desde os cabelos que na maré navegam até à terra que amortece a queda do corpo duro, morto.
de noite amam os amantes, estudam os estudantes, a escuridão esconde a vergonha sentida, temida, oprimida, dois corpos aquecem o sol que prestes está para dar luz.
o contorno dá lugar a uma figura, atravessa ela prédios amarelos, campos doirados que albergam agora a sombra dos animais que por lá dormitam, o ar aquece gradualmente e em todos os corpos caminham em direcção à terra as nuvens que entrelaçadas no céu se fizeram ao mar.

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