quarta-feira, 5 de agosto de 2009

A flôr de casca dura

Até onde a vista alcançar, hoje olho-te com olhos de amêndoa, na minha mão presente o mundo está ou uma imagem do mundo. A meio caminho visualizo um plano desfocado na minha mente onde essa imagem mundana é esmagada com a chegada do comboio das treze. Ouvi antes dessa chegada um estalido, um espantalho, um Homem pergunta-me onde é a casa de banho, talvez mas não recordo com precisão o que foi perguntado, eu aponto-lhe a direcção com o olhar seguido do indicador erecto.
Homem que mija pergunta a uma senhora antes de mijar, pois claro. Adiante, o som característico do comboio traz lembranças de um mundo mais claro a meus olhos, os tempos de infância onde vi pela primeira vez uma flôr de casca dura.

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