sábado, 18 de julho de 2009

A PLASTICIDADE DO AMOR

Em certas ocasiões perguntamo-nos sobre a existência do amor, que respostas encontrou não sei, mas se o exprime pela sua forma verbal como permanecerá ele, quando a palavra não atinge o cume da montanha?
Desde a Primavera passada que o contacto estagnou, e que doente o ser humano recusou arriscar romper sem medo de morrer. São 15:55 pm, num quarto individual repousa uma paciente de um mal, assim diz o doutor; na ignorância e conhecimento permanece ali, sozinha, à espera das boas notícias que chegarão tarde, num futuro próximo. Independentemente do bem que certas palavras farão, da cama sente apenas o ar que se estende frio, branco, imóvel, como se ela não fosse só ossos e dentes, e através dos braços alcança ela uma nuvem de betão enquanto que da janela dos seu olhos escorrem negras saudades que a aprisionarão se não romper com a liberdade.
De vez em quando surge a ocasião de se questionar se de facto encontra-se a amar, e o quê não sei.

Nenhum comentário:

Postar um comentário

nada